Oficina Photomorphosis
 Texto: Marcos Vicentti

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Hoje vou compartilhar com vocês leitores um pouco das experiências que vivi durante a participação da oficina Photomorphosis, promovido pelo foto clube Pium e ministrada pelo conceituadíssimo Miguel Chicaoka. Foram dez dias de uma convivência agradável com os 20 participantes, oportunidade em que aprendemos muito sobre a fotografia.

Foto oficial da turma no Mercado velho

O processo fotográfico é muito maior do que se imagina. Hoje é tudo digital. Só apertamos o botão e pronto! A maquina fez tudo. Foco, luz, cores, profundidade de campo e mais algumas funções na hora nem percebemos. Ou seja, você pouco participar da produção da foto. É só enquadrar e não ter muita preocupação com as demais partes do processo.

Nesta oficina fizemos exercícios tendo a como matéria-prima a luz em suas mais diversas nuances. Construímos nossas próprias câmeras fotográficas de forma artesanal, usando materiais com caixas de fósforo, cartolina, cola, lata, madeira, fita isolante e muita criatividade.

Pela primeira vez, entendi o processo da câmera obscura que nós construímos onde as imagens se projetam de cabeça para baixo, tudo isso para entender o processo da fotografia e sua história.

Sairmos pelos principais pontos turísticos de Rio Branco levando nas mãos as nossas “potentes câmeras” e um olhar atento ao queríamos fotografar. Cada um de nós parecia uma criança boba, pois não acreditávamos que aquelas parafernálias que fizemos pudessem fazer uma foto, por onde passávamos chamava atenção dos transeuntes.

 Fizemos uma exposição no Mercado Velho com nossas lindas fotos, evento esse que teve a participação de todos, chamando atenção das pessoas que visitaram. Da mesma forma que nós, elas não acreditavam que a produção das fotos tinha se dado com aquelas câmeras feitas de caixas de fósforos e recipientes de filmes.

O processo da oficina Photomorphosis, que faz parte do projeto “Ciclo de Formação em Fotografia”, idealizado pelo Pium Fotoclube, faz com que voltamos ao passado onde tudo começou com grandes pesquisadores da astronomia que construíram câmera obscura para observar as estrelas, todo processo e chamado Pinhole - do inglês, buraco de alfinete.

Esse é o nome dado à técnica que irá permitir que o fenômeno fotográfico se dê em um ambiente sem a presença de lentes.

Como tudo que é bom durar pouco, enfim revelamos nossas fotos produzidas com nossas “maquinas”. A cada foto revelada, uma surpresa. Cada um de nós não acreditava que aquelas fotos só eram capazes com as nossas potentes câmeras, mas descobrimos que para se fazer boas fotos não precisar ter um bom equipamento, tem que ter criatividade.
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Câmera obscura constrida com caixa de papelão

Ciclo da Vida

Nara

Nossas fotos em exposição na Casa do Artesão

Fotos em exposição

Esta imagem foi captada por mim


Câmera feita artesenalmente
 Imagem captada com câmera obscura invertida
Karina e sua Pin Lux

Cinthia Davanzo


Cristina Cabeça

Observação com Câmera obscura
  

Minha homenagem ao mago da luz Miguel Chicaoka

Comentários

Wigui disse…
Com certeza a oficina deixou um gostinho de quero mais...
O Miguel se desdobrou para dar o máximo de informações em apenas 10 dias. Todo esse esforço porque o curso na realidade tem duração de 2 meses e meio!
Sabiamente, ele deixou o pessoal alvoroçado(principalmente os tem pouca ou nenhuma experiência com modo manual), quando lançou aquele exercício envolvendo os princípios técnicos como ISO, 'velocidade' do obturador, abertura do diafragma e distância focal.
Esse processo inverso que fizemos de primeiro compreender a luz e a formação da imagem, dá a oportunidade de sacar melhor como estes princípios técnicos se relacionam.
Ter parado ali foi como tirar doce da boca de criança...rsrsrs...

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